Assim como na medicina, a doação de sangue é um procedimento seguro, isento de riscos desde que sejam obedecidos alguns critérios.
Os cães devem ser adultos saudáveis com idade de 1 a 8 anos, peso mínimo de 27 kg, dóceis, com vacinação e vermifugação atualizadas, controlados para pulgas e carrapatos.
Antes da doação, realiza-se uma série de exames laboratoriais incluindo:
Hemograma: caracterizado por um perfil sanguíneo geral para detecção de anemias e infecções muitas delas sem sintomas.
Erliquiose (Ehrlichia canis): doença transmitida pelo carrapato em que o cão pode permanecer sem sintomas até 5 anos. As manifestações clínicas mais comuns são: falta de apetite, apatia, fraqueza causada pela anemia, sangramento pelo corpo ocasionado pela diminuição de plaquetas e febre.
Dirofilariose (Dirofilaria immitis): verme que se instala no coração do cachorro. Geralmente, evolui para uma cardiopatia após alguns anos com manifestações clínicas de tosse, dificuldade para respirar e cansaço fácil.
Doença de Lyme (Borrelia burgdorferi): doença transmitida pelo carrapato caracterizada por inflamação das articulações (artrite) e febre.
Brucelose (Brucella canis): enfermidade transmitida principalmente pelo acasalamento. O cão pode não apresentar sintomas ou manifestar alterações como abortos, febre e inflamação dos testículos e discos da coluna vertebral.
Leishmaniose (Leishmania sp): doença infecciosa transmitida por um mosquito (gênero Lutzomyia) sendo o cão portador da doença tornando-se fonte de infecção para outras espécies. Pode permanecer sem sintomas ou apresentar as seguintes alterações clínicas: emagrecimento progressivo, descamação excessiva da pele, crescimento exagerado das unhas, úlceras, diminuição do apetite, órgãos como baço e fígado aumentados de tamanho.
Com exceção da erliquiose, todas as doenças citadas acima são consideradas zoonoses, ou seja, são enfermidades transmitidas do animal para o homem.
Estarão aptos à doação os animais que não forem constatados nenhuma alteração laboratorial. Desse modo, o dono terá um acompanhamento físico e laboratorial periódico de seu cão e caso haja a detecção de alguma anormalidade poderá ser instituído o tratamento de forma precoce antes mesmo das manifestações clínicas que contribuem para a debilidade do seu estado geral comprometendo uma recuperação mais rápida.
A coleta é realizada, após desinfecção local, pela punção da veia cefálica (veia do membro dianteiro) ou pela jugular (veia do pescoço). O tempo de coleta gira em torno de 5 a 15 minutos dependendo da veia de acesso sendo mais rápida no caso da jugular. Raramente realiza-se a sedação procurando deixar o animal na posição mais confortável possível.
SEU CÃO PODE SE TORNAR UM DOADOR E SALVAR VIDAS… NÃO EXISTE OUTRA FORMA DE OBTENÇÃO DESTE ELEMENTO ESSENCIAL E DECISIVO EM MUITAS SITUAÇÕES EMERGENCIAIS.
Se você tiver interesse que seu animal seja doador se sangue, entre em contato para maiores informações:
Hemovet – laboratório e centro de hemoterapia veterinária
F. (11) 2918-8050
www.hemovet.com.br
OBS: serviço de coleta a domicílio (acima de 5 cães doadores)
Artigo de autoria da Dra. Simone Gonçalves
MV responsável pelo serviço de hemoterapia do HEMOVET
CRMV-SP 10.141.